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terça-feira, 16 de março de 2010

origens da dança da festa moçambique:raphael n°27

Situados na beira do Rio São Francisco, na cidade de Porto Real do Colégio, em Alagoas, a tribo Kariri-Xocó, e seus remanescentes continuam na sua luta pela resistência cultural até os dias de hoje. São aproximadamente 2.400 pessoas em suas 200 famílias.
O ritual do Toré, realizado em Ouricuri, espaço sagrado onde acontecem os rituais, a sete quilômetros da aldeia, onde não-índios não entram, é o nome dado ao ritual, mas também ao canto e a dança. Toré é o símbolo da resistência dos índios do Nordeste ou “índios misturados”.
Quando houve o reconhecimento dos povos indígenas, das comunidades remanescentes do Nordeste, muitos povos que perderam sua língua, e muitas das suas tradições, por todos esses anos de destruição e colonização, reaprenderam e\ou recriaram suas origens com outros povos que mantiveram seus costumes, chamando genericamente os rituais dos povos indígenas do Nordeste de Toré.
Na tribo Kariri-Xocó, como o nome mesmo diz, duas etnias foram misturadas, tendo dois caciques e dois pajés, na liderança política e espiritual do grupo. Todos são exímios cantores e dançarinos do Toré, da criança de cinco anos, aos velhos do conselho de 90 à 100 anos, assim como curandeiros e especialistas na cura de ervas.
No final da década de 80, o pajé Júlio Suirá, preparado pelo antigo Cacique, recebeu uma mensagem que esse ritual deveria ser aberto aos não-índios, que as pessoas teriam direito de conhecer esse segredo milenar da humanidade. Então, alguns índios mestres de cantos e danças, como Tchydjo e sua família saíram pelo mundo mostrando apresentações de Toré. Aqueles cantos milenares, o bater do pé no chão acompanhado pela maracá, juntamente com as vestimentas e a força sentida energeticamente são encantadores a quaisquer olhos.
Hoje, há mais de quinze anos na estrada, o toré da tribo Kariri-Xocó, é estudado como performance e resistência cultural, pois ao saírem da tribo eles garantiram não só a preservação das tradições em cantos e danças, como fizeram o povo indígena voltar a ter a auto-estima e diminuir a violência e o pré-conceito local e regional, na sua comunidade e comunidades vizinhas.
Tchydjo e seus guardiões, se apresentaram em várias universidades, escolas e museus pelo Brasil, e já se apresentaram no Museum of Natural History de Nova York e ainda, abriram o show da Banda Sepultura num estádio para mais de trinta mil pessoas.
Suas oficinas e performances do Toré hoje se especializaram, oferecendo oficinas de Loiça: confecção de utensílios com a argila, cantos, danças e maracá, ervas e cura nativa (limpeza do espírito e da casa), confecção do artesanato ïndígena, pintura corporal.

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